sexta-feira, 19 de abril de 2013

Fórum 15 (obrigatório)


A Infopédia apresenta vários significados para o vocábulo "símbolo" consoante a área do conhecimento a que se reporta. Apresento-vos algumas: aquelas que considero pertinentes para o vosso debate: 

(nome masculino)
1.
aquilo que representa ou sugere algo

2.
objeto que serve para evocar algo, frequentemente de carácter mágico ou religioso

3.
imagem ou objeto material que representa uma realidade visível

4.
sinal representativo; signo

5.
ser ou objeto a que se convencionou atribuir um dado significado; emblema

6.
pessoa ou personagem que representa determinado comportamento ou atividade

7.
signo que representa um objeto através de uma relação natural e intrinsecamente motivada

símbolo In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013. [Consult. 2013-04-18]. Disponível na www: <URL: http://www.infopedia.pt/lingua-portuguesa/s%C3%ADmbolo>.

Por outro lado, diversas vezes aludimos ao  papel interventivo e transformador da obra literária concretizado através da presença de símbolos.  Assim tomando como referência as intenções críticas da obra Os Maias, elenquem os diferentes símbolos nela presentes e discutam a sua funcionalidade na obra.





símbolo
nome masculino
1. aquilo que representa ou sugere algo
2. objeto que serve para evocar algo, frequentemente de carácter mágico ou religioso
3. imagem ou objeto material que representa uma realidade visível
4. sinal representativo; signo
5. ser ou objeto a que se convencionou atribuir um dado significado; emblema
6. pessoa ou personagem que representa determinado comportamento ou atividade
7. signo que representa um objeto através de uma relação natural e intrinsecamente motivada

símbolo In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013. [Consult. 2013-04-18].
Disponível na www: <URL: http://www.infopedia.pt/lingua-portuguesa/s%C3%ADmbolo>.
símbolo
nome masculino
1. aquilo que representa ou sugere algo
2. objeto que serve para evocar algo, frequentemente de carácter mágico ou religioso
3. imagem ou objeto material que representa uma realidade visível
4. sinal representativo; signo
5. ser ou objeto a que se convencionou atribuir um dado significado; emblema
6. pessoa ou personagem que representa determinado comportamento ou atividade
7. signo que representa um objeto através de uma relação natural e intrinsecamente motivada

símbolo In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013. [Consult. 2013-04-18].
Disponível na www: <URL: http://www.infopedia.pt/lingua-portuguesa/s%C3%ADmbolo>.
símbolo
nome masculino
1. aquilo que representa ou sugere algo
2. objeto que serve para evocar algo, frequentemente de carácter mágico ou religioso
3. imagem ou objeto material que representa uma realidade visível
4. sinal representativo; signo
5. ser ou objeto a que se convencionou atribuir um dado significado; emblema
6. pessoa ou personagem que representa determinado comportamento ou atividade
7. signo que representa um objeto através de uma relação natural e intrinsecamente motivada

símbolo In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013. [Consult. 2013-04-18].
Disponível na www: <URL: http://www.infopedia.pt/lingua-portuguesa/s%C3%ADmbolo>.

28 comentários:

  1. Jacinto do Prado Coelho considera que o que sobressai no romance queirosiano “como objeto de reflexão é Portugal, personagem oculta por detrás das personagens visíveis”. No meu entender, a alteração de comportamentos e formas de pensar da sociedade portuguesa é representada através das três gerações da família Maia: Afonso, Pedro e Carlos – símbolos de épocas histórico-políticas distintas.
    Afonso da Maia é símbolo do Portugal Liberal da década de 20 que reage ao Absolutismo então vigente, representa também, por contraste, com a geração mais nova, os valores do Portugal antigo; Pedro da Maia representa a época em que fora instaurado o Liberalismo e vigorava o Romantismo como corrente estético-literária; Carlos, por seu turno, simboliza a época de decadência dos ideais liberais.
    Estas são as “personagens visíveis” que concretizam a crítica de Eça ao Portugal ocioso que vive na sombra de um passado glorioso, que se nega a aceitar o progresso e tem uma predileção pelo diletantismo que o impede de lutar para cumprir os seus objetivos.

    “Uma obra de arte só é superior se for, ao mesmo tempo, um símbolo e a expressão exata de uma realidade.” Guy de Maupassant

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  2. A obra, ao longo da ação vai apresentando numerosos indícios que apontam para um final trágico do romance. Quase todos os símbolos utilizados apresentam um significado que, na analise pormenorizada da história da família Maia, se apresenta como um grande alerta para o falhanço do amor incestuoso dos irmãos ( por exemplo, a Vénus Citeteia traduz as várias fases da família: a preparação para uma vida feliz depois da morte de Pedro, o viver dessa felicidade e o falhanço final).
    No entanto, não é, de forma alguma, o único símbolo utilizado por Eça na sua crítica ao incesto que ocorre na obra. Mais podem ser encontrados no http://portuguesnanet.com.sapo.pt/simbolismo.htm
    Então, de forma a criticar o incesto tão condenável o autor usa e abusa de diversos símbolos.

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Como a Eduarda já referiu, ''Os Maias'' estão repletos de símbolos. O Ramalhete, símbolo importante do passado da família Maia, acompanhou a evolução da família. As obras de restauro, levadas a cabo por Carlos, introduziram o luxo e a decoração, simbolizam uma nova oportunidade, uma reforma para uma nova etapa - é o reflexo do ideal reformista de Carlos e Ega. No último capítulo, a imagem deixada pelo Ramalhete, abandonado e tristonho, corresponde à própria vida do país. Assim, Eça de Queirós usa os símbolos para criticar a atualidade pouco favorável da nação.
    O próprio quintal do Ramalhete, também sofre uma evolução e é usado como forma de crítica. A estátua de Vénus que, enegrece com a fuga de Maria Monforte, no último capítulo coberta de ferrugem, simboliza o desaparecimento de Maria Eduarda, os seus membros transformados dão-lhe uma forma monstruosa fazendo lembrar Maria Eduarda a monstruosidade do incesto. Esta estátua marca então, o início e o fim da acção principal. Ela é também símbolo das mulheres fatais d' Os Maias - Maria Eduarda e Maria Monforte.
    Estes são apenas alguns dos muitos exemplos da simbologia presentes na obra queirosiana.

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  5. Tal como já foi referido podemos encontrar vários símbolos em “Os Maias”.
    Exemplo disto é Afonso da Maia, pois é uma figura simbólica - o seu nome é simbólico, tal como o de Carlos - o nome do último Stuart, escolhido pela mãe. Carlos irá ser o último Maia - note-se a ironia em forma de presságio. Eça também utiliza o Ramalhete como símbolo, pois é através dele que mostra a importância "da terra e da província" no passado da família Maia. A "gravidade clerical do edifício" demonstra a influência que o clero teve no passado da família e em Portugal.
    Para além destes símbolos existem muitos outros na obra de Eça.

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  6. Na obra Os Maias, Eça de Queirós utiliza o simbolismo para principalmente criticar a sociedade e o país.
    Utiliza-o na cidade de Lisboa para dizer que a sociedade portuguesa da Regeneração era incapaz de se modernizar e que agoniza na contemplação de um passado glorioso. Assim também na cidade de Coimbra, pois é símbolo de boémia estudantil, artística e literária.
    Como a minha colega Cátia disse, o ramo de girassóis e a designação “o Ramalhete” mostram a importância “da terra e da província” no passado da família Maia. No início, o Ramalhete não tem vida, em seguida habitado, torna-se símbolo da esperança e da vida, é como um renascimento; finalmente, a tragédia abate-se sobre a família e eis a cascata chorando, deitando as últimas gotas de água, a estátua coberta de ferrugem; tudo tem um carácter funéreo. O cedro e o cipreste, são árvores que pela sua longevidade, significam a vida e a morte, foram testemunhas das várias gerações da família. No final da obra, quando a morte se instala na família, todo o mobiliário está degradado e disposto em confusão, todos os aposentos melancólicos e frios, tudo deixa transparecer a realidade de destruição e morte. E se os Maias representam Portugal, a morte instalou-se no país.
    Eça também utilizou o símbolo nas personagens, fazendo um paralelismo em diferentes momentos da história do Portugal no século XX: Caetano representa o absolutismo e os seus valores retrógrados; Afonso é a figura emblemática do liberalismo romântico, chegando a sofrer e exílio das pátria; Pedro é representante da política de Regeneração e do ultrarromantismo; por fim, Carlos é um fiel defensor do espírito da Geração de 70 e símbolo do subsequente vencidismo.

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  7. "Os Maias", são uma obra tão conceituda exatamente por isso, pela enorme variedade de simbologias presentes na obra que lhe dão assim conteúdo evitando que esta se torne apenas em mais uma obra de literatura portuguesa. Na minha opinião e pelo que já pude ler dos meus colegas que concordam com o meu ponto de vista as simbologias localizam-se não só ao nivel da Intriga Principal, mas também ao nivel da Crónica de Costumes. No caso da Intriga Principal, considero que o simbolismo que mais sobressai é o Ramalhete da familia Maia. Ele acompanha todo o percurso da familia,fazendo transparecer a tristeza e os sentimentos associados á tragédia da familia Maia. Ao nivel da crónica de costumes destáco o simbolismo associado á personagem da Condensa de Gouvarinho que representa a aristrocracia decadente que vigoráva á época.

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  8. Já aqui falamos sobre o facto d' ''Os Maias'' serem uma obra realista. Mas, apesar disso, o autor não se coibiu de lhe inserir símbolos onde perpassa um humor (ora fino, ora satírico) que configura a derrota e o desengano de todas as personagens e do país e que servem também para intensificar a sensação da tragédia que se afigura.
    Quase tudo no romance tem uma segunda significação. A Margarida já abordou as três gerações como símbolo de certos ideias em oposição ao país decadente, a Eduarda da Vénus Citereia no jardim do Ramalhete (a cascata apresenta a mesma evolução), e a Fátima do próprio Ramalhete enquanto elemento vivenciado da mesma transformação psicológica. Restam muitos elementos, mas falarei apenas das cores, do passeio final e do cofre.
    Do fim para o início, o cofre é um elemento fundamental. No fundo, esteve ''escondido'' durante algum tempo porém ao reaparecer com Guimarães trás consigo o desenlace trágico. O passeio final é aquele que melhor nos critica o país, a sua estagnação (o Portugal de outrora é nos realçado pela estátua de Camões), tendo ainda importância o reencontro com o Ramalhete, também ele abandonado e esquecido. As cores, por seu lado, avivam a sensação de tragédia: a voluptuosidade do vermelho no quarto que lhe estava destinado na Toca, o negro trágico que esta tanto vestia.
    Eça usa a simbologia tanto para mostrar as influências do Romantismo nas mentes nacionais, que nada de relevante faziam, perpetuando o diletantismo, como para nos fazer indiciar a morte psicológica final da família.

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    1. com ''lhe'' (segundo parágrafo) refiro-me a Maria Eduarda :))

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    2. Corrige a forma verbal "trás", no segundo parágrafo.

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  9. Na obra ''Os Maias'', Eça de Queirós recorre à utilização da simbologia na maioria com a função de criticar uma realidade que considere que não deveria permanecer (embora tal continue a acontecer na sociedade).
    Um exemplo dessa simbologia é a crítica que Eça faz à educação tradicional portuguesa, usando, por contraste, as personagens de Carlos e Eusebiozinho. Esta última diretamente influenciada pelo Romantismo, formou um homem molengão, tristonho, e incapaz de fazer algo com que se orgulhasse. Ainda que Carlos também tenha falhado na vida, tal não se deve à sua educação vanguardista, à inglesa. Tornou-se um homem diletante, mas fino, charmoso e formado.
    A simbologia é usada para caraterizar as personagens e aguçar a crítica da obra.

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    1. Tenho algumas dúvidas em considerar que o confronto entre os modelos de educação possam ser entendidos, de per si, como símbolos.

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  10. Antes de mais concordo com o que os meus colegas referiram anteriormente.
    Eça de Queirós, em ''Os Maias'' utiliza vários simbologismos, deles temos por exemplo: no final da obra, no Ramalhete todo o mobiliário se encontra degradado e disposto em confusão (e no início com lençóis a cobrir, feitas mortalhas), os aposentos melancólicos e frios deixam transparecer a realidade de destruição e morte que assolou a família.
    A Toca também apresenta um simbolismo próprio. É o nome dado à habitação de certos animais, o que, desde logo, parece simbolizar o carácter animalesco e incestuoso do relacionamento de Carlos e Maria Eduarda. Na primeira vez que eles lá vão, Carlos abre o portão com todo o prazer, o que sugere um certo prazer na relação incestuosa.
    Por fim, podemos afirmar que os simbolismos são um uso recorrente da obra para intensificar o carácter trágico.

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  11. Como já foi dito anteriormente pelos meus colegas e pela análise da obra ("Os Maias") está presente uma enorme diversidade de simbologias, cujo objectivo é criticar a sociedade. Para tal temos como exemplo: uma paralelismo entre Pedro e Carlos da Maia, ambos, apesar de terem tido educações totalmente diferentes, falharam na vida. Pedro falha com um casamento desastroso levando-o ao suicídio; Carlos falha com uma ligação incestuosa. Estas duas personagens, representam também épocas históricas e políticas diferentes. Pedro, a época do Romantismo, Carlos, a Geração de 70 e das Conferências do Casino.Assim, estas personagens representam os males de Portugal e o fracasso sucessivo das diferentes correntes literárias. Outro símbolo presente é a cor vermelha exibida por Maria Monforte e Maria Eduarda que espalham a "morte", portanto o vermelho é símbolo de abundantes paixões e destruidoras. Nos "Maias" é visível outros inúmeros para além destes.

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  12. Na obra “Os Maias” existem alguns tipos de símbolos, tanto a nível da personagem como ao nível do espaço.

    Como personagens simbólicas na obra de “Os Maias”, existem o Afonso da Maia e o seu neto, Carlos da Maia que era um símbolo da “Geração de 70”, estas personagens representam um símbolo na obra por serem os “extremos” da família, o Afonso da Maia é a personagem que dá “inicio” à família, e o Carlos é o membro mais novo, com isto é apresentado o contraste das atitudes de Afonso da Maia com o neto.

    O Ramalhete e a Toca representam o símbolo, quanto ao espaço. No Ramalhete é apresentado antes e depois de ser restaurado, antes do restauro o Ramalhete representava um pouco a influencia que o clero tinha no passado da família dos Maias, em Portugal e depois do restauro, o Ramalhete era luxuoso, com decoração cosmopolita que simbolizava uma nova oportunidade, era o reflexo de ideais reformistas da Geração de Carlos.

    A Toca simbolizava a tragédia, na parede existia um quadro com uma pessoa degolada, símbolo de presságio de desgraça. Tudo o que existia na Toca tinha como representação simbólica, o carácter trágico.

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  13. Como foi referido anteriormente pelos meus colegas, na obra "Os Maias" existem vários tipos de símbolos. Um dos inúmeros símbolos presentes na obra são os símbolos cromáticos: a cor vermelha tem um carácter duplo, Maria Monforte e Maria Eduarda são portadoras de um vermelho feminino, despertam a sensibilidade à sua volta; espalham a morte. O vermelho é, portanto, o símbolo da paixão excessiva e destruidora.Outro símbolo importante está relacionado com a Toca, a Toca é o nome dado à habitação de certos animais, o que, desde logo, parece simbolizar o carácter animalesco do relacionamento de Carlos e Maria Eduarda. Na primeira vez que lá vão, Carlos introduz a chave no portão com todo o prazer, o que sugere o poder e o prazer das relações incestuosas; da Segunda vez ambos a experimentam - a chave torna-se, portanto, o símbolo da mútua aceitação e entrega.
    Para concluir só um escritor inteligente como Eça de Queirós poderia ter criado uma obra tão extraordinária e cheia de recursos e símbolos como "Os Maias".

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  14. Tal como foi referido pelos meus colegas a obra "Os Maias" encontra-se incrivelmente repleta de símbolos que servem sobretudo para criticar ou para intensificar o caracter tragico.

    As alterações que o jardim do Ramalhete sofre permitem-nos ver o percurso da família Maia. Esta evolução é visível principalmente em três elementos: as árvores do jardim, a estátua de Vénus Citereia e a cascata.
    Primeiramente o jardim do Ramalhete é descrito com um aspecto abandonado. Esta aparência reflecte o sofrimento de Afonso devido à morte de Pedro.
    A estátua de Vénus, símbolo de amor e sedução, representa as mulheres fatais desta obra.
    A cascata representa uma espécie de clepsidra, isto é, um relógio de água, que marca a passagem implacável do tempo.
    Os Maias estão também, povoados de símbolos cromáticos: a cor vermelha tem um carácter duplo, Maria Monforte e Maria Eduarda são portadoras de um vermelho feminino, despertam a sensibilidade à sua volta; espalham a morte. O vermelho é, portanto, o símbolo da paixão excessiva e destruidora.
    Assim,posso constatar que a simbologia de "Os Maias" possui uma função claramente pressagiosa da tragédia.

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  15. Tal como já foi referido pelos os meus colegas, os símbolos na obra de "Os Maias" servem para criticar a sociedade na altura o que infelizmente, ainda se encontra muito presente na actualidade.
    Li alguns comentários e decidi que vou abordar mais sobre o comentário do Carlos, visto que a Educação é algo importante para nós e para as pessoas que nos rodeiam. A Educação de Pedro e de Eusebizinho é chamada a educação tradicional ou então a educação Portuguesa, o que demonstra que tanto um como o outro acabaram mal na vida, mesmo antes de Eusebizinho se dar mal, Afonso já tinha decidido que Carlos ia ter uma educação moderna, sem nada de religião, ou pelo menos, focado só nisso, na Educação de Carlos por exemplo, o exercício físico era essencial o que não deixou de significar que ele não tenha acabado por sair um falhado, ao envolver-se com a irmã mesmo sabendo toda a verdade, ao ter tantos planos como o laboratório, e não ter feito muito caso dele, depois de o ter. No meu ver, a diferença do Eusebizinho e do Carlos, era só mesmo o físico, porque psicologicamente, bem, psicologicamente é o que se vê.

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    1. Tal como já referi na intervenção do Carlos, tenho algumas dúvidas em considerar o contraste entre os modelos de educação como elemento simbólico.

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  16. A obra "Os Maias" esta repleta de simbologias, como ´foi referido pelos meus colegas, simbologias essas que no meu ponto de vista servem para criticar um pouco a sociedade portuguesa a sua educaçao, como dizia o Carlos. O autor faz isso utilizando Euzebiozinho icone de uma educaçao tradicional. Tambem utiliza outros simbolos como o Ramalhete da familia Maia que acompanha todo o decorrer da historia sempre diferente e de acordo com o estado espirito que por ali anda, e quando falo ali refiro me a quem la mora.

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  17. Como já foi supracitado, a obra “Os Maias” está repleta de simbologias, que são essenciais quer no contexto da obra, quer na crítica que Eça faz à sociedade em geral.
    O Ramalhete, um símbolo bastante importante que se insere na crónica de costumes, mostra-nos o declínio da regeneração em Portugal e as alterações espirituais da família Maia, pois como podes comprovar na obra, quando o Ramalhete se encontrava destruído, a família Maia também estava; quando este foi reconstruído, a família Maia vivia respirava saúde e por fim, quando este é abandonado, é quando a família fica destruída devido ao incesto, e Afonso da Maia morre, e a descendência da família Maia termina.

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  18. Como já foi precedentemente referido, "Os Maias" são uma obra com numerosas simbologias.
    Exemplos disto são por exemplo no final, a estátua de Camões é um símbolo que representa a nostalgia de um passado mais recuado e um exemplo que já foi referido é Afonso da Maia que ao longo de toda a obra é uma figura simbólica, o seu nome é simbólico tal como o de Carlos. Um ultimo exemplo é no último capítulo, a imagem deixada pelo Ramalhete, abandonado e tristonho, cheio de recordações de um passado de tragédia e frustrações, está muito relacionado com o modo como Eça via o país, em plena crise do regime.
    Para além destes exemplos que referi, existem muitos mais exemplos de símbolos na obra "Os Maias".

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  19. Na obra de Eça de Queiroz estão presentes várias simbologias que pretendes criticar a sociedade que existia naquele tempo, como foi dito pelos meus colegas.
    O autor escolher Lisboa para o espaço do decorrer da ação pelo facto desta cidade ser “o coração” do nosso país.
    O Ramalhete é o simbolo critico mais presente e mais facilmente identificado e representa o país naquela altura. O Eusebiozinho representa a educação à portuguesa que priviligia as crenças e espaços interiores, já Carlos teve uma educação á inglesa, esta priviligia mais os espaços exteriore e o exercicio físico. Maria Eduarda representava a “mulher-anjo” pois era inocente, bonita e quando cometeu o encesto cm o seu irmão Carlos não sabia dos laços de sangue que os unia, já Raquel Cohen e a Condessa de Gouvarinho representa a “mulher-fatal” pois esta ultima traia o marido sem remorsos.
    Estes são alguns exemplos de simbolos que Eça retende criticar com a sua obra.

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    1. Filipa! O teu texto tem alguns erros. Corrige-os.
      Vê o comentário que deixei ao Carlos e à Vera.

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  20. Como foi mencionado anteriormente pelos meus colegas, estão presente na obra “Os Maias” imensos símbolos. O jardim do Ramalhete é rico nesses mesmos. Este espaço evidencia a tristeza e o abandono, e na sua desolação, sobressaem dois grandes símbolos do amor absoluto, que envelhecem par a par: o cipreste (símbolo da morte) e o cedro (símbolo do envelhecimento). Devido à sua contínua proximidade, juntos, a tudo resistem, emblematizando o Amor Absoluto. Na obra podem, ainda, ser um símbolo romântico que aponta para a tragédia final das personagens (são árvores caraterísticas de cemitério, conotadas com a morte); acabam por simbolizar duas personagens românticas mas que se dizem realistas e que no final da obra ficam tão sós como estas duas árvores: Carlos e Ega. Resta-me dizer que este é apenas um dos símbolos usados pelo autor, há muitos mais.

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  21. A critica está presente em toda a peça de "Os Maias", pois a própria obra serve como uma critica a sociedade daquele tempo.
    A simbologia de tragédia está presente na peça de Eça e onde se pode verificar tal simbologia é na descrição do ramalhete. Verificasse também termos como a mulher-fatal e as representantes deste termos são: Raquel Cohen e a Cond. de Gouvarinho pois traiam os maridos, no caso do termo mulher-anjo temos a Maria Eduarda que na sua descrição era considerada uma deusa e mesmo cometendo o incesto foi considerada mulher anjo pois não sabia dos laços de sangue que tinha com o Carlos.
    São referidas educações diferentes, Eusebiozinho teve uma educação portuguesa, ou seja ligado a espaços interiores mas sem forças físicas, enquanto Carlos era um jovem com uma educação a inglesa, forte de físico, porém essa educação vai mostrar fraquezas pois Carlos tinha grandes iniciativas mas pouca vontade de trabalhar para algo.

    Nuno Figueiredo

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    1. Nuno, Os Maias são um romance e não uma peça!
      Vê o comentário que deixei ao Carlos e à Vera.

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  22. Os Maias como é referido por quase todos/todos é uma obra a qual esta repleta de símbolos e penso que por isso também é de certa forma a razão pela qual é tão importante para se estudar e compreender.
    Afonso da Maia é uma figura simbólica - o seu nome é simbólico, tal como o de Carlos - o nome do último Stuart, escolhido pela mãe. Carlos irá ser o último Maia - note-se a ironia em forma de presságio.

    No Ramalhete, esta designação e o emblema (o ramo de girassóis) mostram a importância "da terra e da província" no passado da família Maia. A "gravidade clerical do edifício" demonstra a influência que o clero teve no passado da família e em Portugal.

    Por oposição, as obras de restauro, levadas a cabo por Carlos, introduziram o luxo e a decoração cosmopolita, simbolizam uma nova oportunidade, uma reforma da casa (ou do país) para uma nova etapa - é o reflexo do ideal reformista da Geração de Carlos. Carlos é um símbolo da Geração de 70, tal como o é Ega. Tal como o país, também eles caíram no "vencidismo".

    No último capítulo, a imagem deixada pelo Ramalhete, abandonado e tristonho, cheio de recordações de um passado de tragédia e frustrações, está muito relacionado com o modo como Eça via o país, em plena crise do regime.

    O quintal do Ramalhete, também sofre uma evolução. O fio de água da cascata é símbolo da eterna melancolia do tempo que passa, dos sentimentos que leva e traz. A estátua de Vénus que, enegrece com a fuga de Maria Monforte, no final a sua presença obscura na quintal é uma vaga premonição da tragédia. Ela marca o início e o fim da acção principal.

    No quarto de Maria Eduarda, na Toca, o quadro com a cabeça degolada é um símbolo e presságio de desgraça. Os seus aposentos simbolizam o carácter trágico, a profanação das leis humanas e cristãs.

    Também o armário do salão nobre da Toca, tem uma simbologia trágica. Os guerreiros simbolizam a heroicidade, os evangelistas, a religião e os trofeus agrícolas o trabalho: qualidades que existiram um dia na família (e no Portugal da epopeia). Os dois faunos simbolizam os dois amantes numa atitude hedonista e desprezadora de tudo e todos. No final um partiu o seu pé de cabra e o outro a flauta bucólica, pormenor que parece simbolizar o desafio sacrílego dos faunos a tudo quanto era excelso e sublimado na tradição dos antepassados.

    No final, a estátua de Camões é o símbolo da nostalgia do passado mais recuado.

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