Com uma atenção permanente àquilo que o rodeia, Cesário Verde consegue “poetizar” as situações quotidianas com pormenores que passariam despercebidos a qualquer um – «as formas, os movimentos, as luzes, as atitudes, as cores», como esclarece José Régio – e tornar-se, assim, um verdadeiro “repórter do quotidiano”. Os ambientes sobre os quais a sua poesia mais incide podem ser entendidos como dois polos dicotómicos: os ambientes campestres, com os quais contactou predominantemente, são dados a conhecer sob uma visão apreciativa (confrontar “Num bairro moderno”); já o espaço citadino ganha uma conotação negativa e é símbolo comprometedor da liberdade e do amor (como traduz o poema “Nós”). Apesar de exprimir o “real”, Cesário não deve ser, segundo José Régio, considerado um Realista pois o «subjetivismo dum ser excecional como é o artista» não cabe em nenhuma corrente literária, muito menos numa tão «contraditória» e «insípida» como é, segundo o mesmo autor, o Realismo.
Cesário Verde é um poeta-pintor que capta as impressões da realidade, descrevendo-a com objetividade. Cesário Verde tenta visionar situações vividas no dia-a-dia do meio que o rodeia, centrando a sua atenção em pormenores mínimos, transmitindo-os para os seus trabalhos de maneira a despertar nos outros ideias e sensações, o que o torna um repórter do quotidiano. Na sua poesia, Cesário Verde, utiliza predominantemente um vocabulário repleto de termos concretos, técnicos e familiares, o que lhe confere grande expressividade, assim como recorre ao uso frequente do efeito de alternância de contrastes. O seu estilo traduz por vezes uma atitude impressionista, apesar de o impressionismo ser uma corrente artística essencialmente ligada á pintura. Cesário Verde é o poeta da cidade, quer descrevendo, de modo original, quadros e tipos citadinos, quer denunciando e criticando as atitudes provocadas pela vida exterior, em sociedade.
A objetividade e os pormenores que Cesário Verde retrata na sua obra, provocando em nos, leitores, diferentes ideias e emoções, faz dele um repórter quotidiano. Cesário consegue “passar para o papel” todos os pormenores que talvez outro poeta deixaria passar, como os “movimentos, os contrastes…” dai o título de repórter quotidiano. Nas suas obras está presente a oposição entre o campo e a cidade. A cidade retratada por ele de uma forma negativa enquanto que o campo retrata de uma forma eufórica, de uma forma positiva.
As situações do quotidiano possuem muita importância nos poemas de Cesário Verde, daí ser justo dizer-se que Cesário era um repórter do quotidiano. Este analisa e retrata o mundo real, rotineiro, que serve de suporte às suas ideias e sentimentos. O que para muitos é considerado uma simples banalidade, para Cesário Verde é um pormenor fundamental nos seus poemas. Tal verifica-se por exemplo quando ele atribui demasiada importância ao ambiente onde ocorre a ação, antes de escrever sobre esta. Exemplo da importância atribuída á descrição do ambiente está no seguinte excerto: "Dez horas da manhã, os transparentes/Matizam uma casa apalaçada (…) E fere a vista, com brancuras quentes, a larga rua macadamizada" (em "Num bairro moderno"). Cesário também dá grande importância à figura feminina e á temática “A cidade e o campo”. Segundo ele as mulheres da cidade são fatais, calculistas, maduras, dominadoras, sem sentimentos…Já as do campo são débeis, ingénuas, frágeis…
A observação das situações do quotidiano é o ponto de partida preferencial para os poemas de Cesário Verde. É o mundo real, rotineiro, que é retratado e analisado, servindo de suporte às ideias e sentimentos do poeta. No tempo de Cesário Verde, Lisboa era uma cidade de contrastes. Ele retratou-a realçando a arquitetura e os bairros modernos da nova burguesia. É na captação objetiva do real que surge a outra face da realidade lisboeta: a dos trabalhadores que denunciam a origem campesina. Os sujeitos poéticos criados por Cesário Verde são atentos ao que se passa, dando-nos uma visão geral do ambiente e duma situação particular. É essencialmente destacado o quotidiano urbano, onde o sujeito poético deambula, sendo o poema "O sentimento de um ocidental" aquele em que é mais clara a descrição do dia a dia como ponto de partida para a revolta contra a vivência desumana da cidade. O poeta projeta no exterior o seu interior, nascendo, assim, a poesia do real.
Na minha opinião o título de Cesário como poeta do quatidiano está muito bem empregue dado este poeta "priveligiar o real circundante enquanto fonte de matéria poética",sendo a sua poesia considerada também uma "critica mordaz e bem humorada ao sentimentalismo ultra-romântico". Na prática Cesário Verde é alguem que escreve acerca dos temas mais "banais" como sendo dia-a-dia familiar, os alegres jantares familiares, uma rua em obras ou até uma loja iluminada. De resto como já foi mencionado pelos meus colegas anteriormente, Cesário marca nos seus poemas um contraste entre Campo/Cidade expresso por exemplo através da figura feminina.
Cesário Verde tem o titulo de repórter do quotidiano, assim para termos esta afirmação como verdadeira o melhor a fazer é analisar os seus poemas. Por exemplo, no poema “o sentimento dum ocidental”: “Nas nossas ruas, anoitece/[…]/o bulcio, o Tejo, a maresia […]”. Com este exemplo vemos que ele nos descreve o que acontece nas ruas e no quotidiano. A poesia de Cesário Verde é diferente por exemplo da de Camões e Almeida Garrett, enquanto estas são poesias relacionadas com os sentimentos, com a alma, coisas que se passam no íntimo do poeta e é comum a todos, a poesia de Cesário Verde é o inicio do principio realista, ainda que influenciado por outras correntes estilísticas, o poeta escreve o que vê e o que ouve. Cesário dá muito valor a coisas que para muitos são “insignificantes”. Como por exemplo no poema analisado na aula “Num bairro moderno”, ele dá muita importância à vendedeira, à vida rural, fazendo o contraste entre o campo e a cidade. Assim podemos perceber o porquê do seu título “repórter do quotidiano”.
Concordo com a minha colega Fátima. Cesário Verde não se deixa influenciar pelo Romantismo, mostrando-se muito “sensível à miséria humana”. É o poeta da cidade, quer descrevendo, de modo original, quadros e tipos citados, quer denunciando atitudes pela vida exterior, em sociedade. Captando as coisas de forma de deambulação, como os espaços, pessoas que passam ou trabalham, ambientes, sensações/impressões. Nos seus poemas, Cesário Verde parte de uma visão geral do ambiente (“Dez horas da manhã… / A larga macadamizada”*) e em seguida uma perspectiva de um caso particular (“ E rota, pequenina, azafama,/ Notei de costas uma Rapariga”*), focalizando-se num grupo específico “os padeiros”*.
Cesário é considerado um poeta romancista e também reporter do quotidiano. Podemos afirmá-lo por ser muito observador de tudo, à sua volta, comparando o esforço e o sofrimento dos mais desfavorecidos na sociedade co, os mais favorecidos. Cesário mostra-se sempre "muito sensivel à miséria humana". O poeta é reporter do quotidiano não só pela atenção que presta a tudo o que o rodeia mas também pelo promenor que ele retrata nos seus poemas, " Ou entre a rama dos papeis pintados,/ Reluzem, num almoço, as porcelanas." ( poema "Num bairro moderno"). A sua poesia incide sobretudo em dois pontos distintos: O campo, e este é retratado como um espaço positivo, "As hortaliças, túmido, fraggrante", enquanto que a cidade é um sítio que o poeta faz surgir de forma negativa, retratando a arrogancia dos mais ricos,"Atira um cobre lívido, oxidado"("Num bairro moderno, p.219
Concordo com o que foi referido anteriormente pelos meus colegas. Cesário Verde, um dos maiores poetas racionais, considerado um dos melhores da poesia do século XX, retrata realidades quotidianas (fala das profissões mais banais, as que nós mal nos lembramos ou dá-mos valor). Na obra de Cesário Verde estão presentes movimentos estético literários, como o realismo,o parnasianismo, o impressionismo, o sensacionismo e o simbolismo. Este poeta, utiliza recursos estilísticos como adjectivação expressiva, a comparação, a metáfora, a sinestesia e a hipálage, de forma a melhorar o retrato da realidade dos menos favorecidos.
Eu concordo com o que foi dito pelos meus colegas anteriormente. Cesário Verde foi um poeta português, sendo considerado um dos precursores da poesia que seria feita em Portugal no século XX. No seu estilo delicado, Cesário empregou técnicas impressionistas, com extrema sensibilidade ao retratar a Cidade e o Campo, que são os seus cenários predilectos. Evitou o lirismo tradicional, expressando-se de uma forma mais natural. Podemos afirmar que Cesário era um repórter do quotidiano pois nos seus poemas fala das profissões que nós consideramos mais banais mas que no entanto é difícil de viver sem elas um exemplo são os padeiros pois sem eles não teríamos pao para comer. Tanto no poema " Num Bairro Moderno" como no "Contrariedade" Cesário retrata as coisas do dia a dia, o seu quotidiano. Cesário possui características realistas, modernistas, estilísticas e temáticas.
Na minha opinião o titulo de repórter do quotidiano a Cesário Verde, poeta-pintor, esta correto pois recorre a várias correntes estéticas (Parnasianismo, o realismo, impressionismo, o simbolismo),nas quais privilegia o real circundante enquanto fonte de matéria poética (“A mim o que me preocupa é o que me rodeia”), o poeta capta as impressões provocadas pela realidade, através de uma percepção minuciosa, pelos sentidos (destaque para a visão – luz, cor e movimento)do dia-a-dia familiar, dos jantares familiares, da rua em obras e da loja iluminada. Como já foi dito anteriormente, Cesário marca nos seus poemas um contraste entre o campo e a cidade através por exemplo da figura femenina
Como foi anteriormente referido e também na minha opinião Cesário Verde foi considerado e é descrito como repórter do quotidiano, pois é "pintor" de ambientes; o deambulismo origina a associação entre as impressões que são transmitidas pela realidade exterior e as reflexões feitas por ele (Cesário Verde).Cesário revela qualidades de “romancista e de repórter”… a sua originalidade resulta da combinação de análise e realismo. Cesário destaca pormenores do que observa da realidade , pormenores esse que para muitos poetas "passam ao lado" com a mínima importância. Desta forma podemos dizer que Cesário Verde é o repórter quotidiano.
É justificável este titulo para Cesário Verde, pois na sua poesia tenta "pintar" os objectos para despertar nos outros ideias e sensações, sendo por esta razão conhecido como "pintor de ambientes". Centra a sua atenção aos pormenores mínimos, conseguindo assim uma descrição bastante detalhada do ambiente. Como já foi referido anteriormente, na poesia de Cesário existem dois contrastes, a cidade e o campo, o campo é retratado como sendo um espaço positivo, enquanto que a cidade é vista como algo negativo.
Tal como os meus colegas referiram anteriormente o título de repórter do quotidiano não poderia estar melhor empregue. Cesário Verde é um pintor de atmosferas, revelando qualidades de romancista e de repórter. A sua poesia descreve os caminhos da cidade ou do campo, tentando visionar situações vividas no dia-a-dia do meio que o rodeia, centrando a sua atenção nos pormenores mínimos, servindo-se deles para transmitir percepções sensoriais. Por outro lado, do ponto de vista da forma do verso, a poesia de Cesário revela grande rigor métrico e estrófico, revelando assim o seu “amor à precisão”. Também é de referir que Cesário Verde não se deixa influenciar pelo Romantismo e que se mostra “sensível à miséria humana”.
Antes de mais devo dizer que concordo com o que foi referido pelos meus colegas, e tal como estes assinalaram Cesário Verde é visto como um repórter do quotidiano, e esta é a forma mais indicada para descrever a sua poesia, em que focaliza o seu olhar para a classe baixa. Cesário retrata o contraste entre a cidade e o campo o que nos revela o seu amor ao rústico e natural, identifica a cidade sendo um espaço de morte e o campo um espaço de vida. Nos seus poemas é evidente a presença obsessiva da figura feminina, a negativa e a positiva. A negativa que é contaminada pelo meio urbano, nomeadamente a mulher opressora, e a positiva porque está relacionada com o campo, com os seus valores salutares que é representada como a mulher anjo.
Cesário verde deambula, calcorreando ruas, vielas, praças, todos os recantos da sua cidade, observando quem passa, quem trabalha, examinando espaços e ambientes, espreitando cafés, teatros, qual repórter fotográfico, e regista, com pormenor, nos seus poemas essa realidade objectiva ele transfigura através do seu olhar poético. Cesário transpõe,então, para os seus poemas o quotidiano de todas as gentes que habitavam quer a capital quer o campo e, em quadros pitorescos, carregados de visualismo, transmite as emoções e os sentimentos que envolvem essas situações do real. A forma como os quadros/poemas são construídos oscila entra a objectividade e a subjectividade, como se a interioridade do poeta se identificasse com um mundo exterior. Dar-nos a conhecer a realidade circundante e dar-nos a conhecer a sua própria intimidade.
Antes de mais, gostaria de expressar a minha concordância relativamente àquilo que já foi dito pelos meus colegas. Uns mais, outros menos, parecem ter em mente que o poeta descreve o quotidiano, sem o embelezar, partindo dos polos dicotómicos cidade-campo, apresentado uma preferência óbvia quando ao último e os que com este se parecem relacionar. ‘’Literalmente parece que Cesário Verde não existe’’, afirmou referindo-se à recusa dos contemporâneos em reconhecê-lo poeta, tal como não existem as suas personagens. O sujeito poético reflete sobre aquilo que, não sendo novidade, nunca havia sido material de reflexão pelos que lhe antecederam, mesmo realistas. Tal por isso mesmo, com a sua reportagem da realidade, o seu estilo não se encaixe de forma plena em nenhuma das escolas literárias, permanecendo não reconhecido, mas caso único no panorama literário português.
Cesário Verde interessa-se pelo real, descrevendo com objetividade a realidade• É o poeta-pintor que capta as impressões da realidade, numa aproximação ao realismo e ao naturalismo, centra a sua atenção aos pormenores mínimos, servindo para transmitir perceções sensoriais. É um repórter do quotidiano, é um "pintor" de ambientes; deambulando.• É um poeta do quotidiano, tenta visionar ações passadas no dia-a-dia ou seja de tudo o que o rodeia. Como impressionista, procura surpreender o momento em que os objetos «ganham a sua inteira individualidade». O contraste cidade/campo é um dos temas fundamentais da poesia de Cesário, refere-se ao campo como o melhor para a vida e por contrario refere-se a cidade negativamente. A cidade surge associada à mulher fatal e à morte, enquanto o campo se une à imagem da mulher angélica e da vida. Há uma sexualização da cidade e do campo que incorpora as alegorias da morte e da vida. A obra de Cesário Verde caracteriza-se, também, pela técnica impressionista, ao acumular pormenores das sensações captadas e pelo recurso às sinestesias, que lhe permitem transmitir sugestões e impressões da realidade.
Concordo com as opiniões já aqui registadas, Cesário Verde é realmente um repórter do quotidiano.
Contemporâneo a Eça de Queirós, e tal como este, Cesário tenta através dos seus poemas fazer um retratamento da realidade que o cerca. No entanto, ao contrário deste, aposta nas classes que mais se encontram à margem, como as vendedeiras, as engomadeiras. O proletariado, pouco importante para os artistas da altura, é quem mais o preocupa, com as suas atividades sofríveis. O campo é ainda o meio que se apresenta como o ideal, contrastando com a cidade, ambiente mais tóxico e incapaz de proporcionar a felicidade.
Concordo com o que foi referido acima pelos meus colegas visto que Cesario Verde é na verdade um repórter do quotidiano já que a observação das situações do quotidiano é o ponto de partida preferencial para os poemas de Cesário Verde. É o mundo real, rotineiro, que é retratado e analisado, servindo de suporte às ideias e sentimentos do poeta. Os sujeitos poéticos criados por Cesário Verde são atentos ao que se passa. Aquilo que para outro transeunte seria uma banalidade é, na perspectiva do poeta, parte de um quadro do real. Veja-se que antes de se focar numa situação particular, que prenda a atenção, o poeta dá-nos uma visão geral do ambiente: "Dez horas da manhã, os transparentes/Matizam uma casa apalaçada(…)E fere a vista, com brancuras quentes, a larga rua macadamizada" (em "Num bairro moderno"). Mas, apesar de existirem situações particulares, estas poderiam ser integradas no movimento quotidiano de uma rua de uma cidade onde "(…) rota, pequenina azafamada,/Notei de costas uma rapariga" (em "Num bairro moderno"). Podemos afirmar a sua aproximação a várias estéticas, por retratar realidades quotidianas, o que o aproxima dos poetas portugueses do século XX e o fez incompreendido em seu tempo.
Cesário Verde tem como principal inspiração para os seus poemas, a vida quotidiana, ele retrata aquilo que vê, daí parecer-me correto afirmar que Cesário é um repórter do quotidiano. A meu ver ele usa constantemente o quotidiano porque consegue arrecadar uma maior atenção ao leitor e até mesmo os leitores conseguirem identificar-se com o poema, por ele retratar coisas banais do dia-a-dia, talvez aí esteja o segredo do seu sucesso.
Com uma atenção permanente àquilo que o rodeia, Cesário Verde consegue “poetizar” as situações quotidianas com pormenores que passariam despercebidos a qualquer um – «as formas, os movimentos, as luzes, as atitudes, as cores», como esclarece José Régio – e tornar-se, assim, um verdadeiro “repórter do quotidiano”.
ResponderEliminarOs ambientes sobre os quais a sua poesia mais incide podem ser entendidos como dois polos dicotómicos: os ambientes campestres, com os quais contactou predominantemente, são dados a conhecer sob uma visão apreciativa (confrontar “Num bairro moderno”); já o espaço citadino ganha uma conotação negativa e é símbolo comprometedor da liberdade e do amor (como traduz o poema “Nós”).
Apesar de exprimir o “real”, Cesário não deve ser, segundo José Régio, considerado um Realista pois o «subjetivismo dum ser excecional como é o artista» não cabe em nenhuma corrente literária, muito menos numa tão «contraditória» e «insípida» como é, segundo o mesmo autor, o Realismo.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarCesário Verde é um poeta-pintor que capta as impressões da realidade, descrevendo-a com objetividade. Cesário Verde tenta visionar situações vividas no dia-a-dia do meio que o rodeia, centrando a sua atenção em pormenores mínimos, transmitindo-os para os seus trabalhos de maneira a despertar nos outros ideias e sensações, o que o torna um repórter do quotidiano.
ResponderEliminarNa sua poesia, Cesário Verde, utiliza predominantemente um vocabulário repleto de termos concretos, técnicos e familiares, o que lhe confere grande expressividade, assim como recorre ao uso frequente do efeito de alternância de contrastes. O seu estilo traduz por vezes uma atitude impressionista, apesar de o impressionismo ser uma corrente artística essencialmente ligada á pintura. Cesário Verde é o poeta da cidade, quer descrevendo, de modo original, quadros e tipos citadinos, quer denunciando e criticando as atitudes provocadas pela vida exterior, em sociedade.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarA objetividade e os pormenores que Cesário Verde retrata na sua obra, provocando em nos, leitores, diferentes ideias e emoções, faz dele um repórter quotidiano. Cesário consegue “passar para o papel” todos os pormenores que talvez outro poeta deixaria passar, como os “movimentos, os contrastes…” dai o título de repórter quotidiano. Nas suas obras está presente a oposição entre o campo e a cidade. A cidade retratada por ele de uma forma negativa enquanto que o campo retrata de uma forma eufórica, de uma forma positiva.
EliminarAs situações do quotidiano possuem muita importância nos poemas de Cesário Verde, daí ser justo dizer-se que Cesário era um repórter do quotidiano. Este analisa e retrata o mundo real, rotineiro, que serve de suporte às suas ideias e sentimentos.
ResponderEliminarO que para muitos é considerado uma simples banalidade, para Cesário Verde é um pormenor fundamental nos seus poemas. Tal verifica-se por exemplo quando ele atribui demasiada importância ao ambiente onde ocorre a ação, antes de escrever sobre esta. Exemplo da importância atribuída á descrição do ambiente está no seguinte excerto: "Dez horas da manhã, os transparentes/Matizam uma casa apalaçada (…) E fere a vista, com brancuras quentes, a larga rua macadamizada" (em "Num bairro moderno"). Cesário também dá grande importância à figura feminina e á temática “A cidade e o campo”. Segundo ele as mulheres da cidade são fatais, calculistas, maduras, dominadoras, sem sentimentos…Já as do campo são débeis, ingénuas, frágeis…
A observação das situações do quotidiano é o ponto de partida preferencial para os poemas de Cesário Verde. É o mundo real, rotineiro, que é retratado e analisado, servindo de suporte às ideias e sentimentos do poeta.
ResponderEliminarNo tempo de Cesário Verde, Lisboa era uma cidade de contrastes. Ele retratou-a realçando a arquitetura e os bairros modernos da nova burguesia. É na captação objetiva do real que surge a outra face da realidade lisboeta: a dos trabalhadores que denunciam a origem campesina.
Os sujeitos poéticos criados por Cesário Verde são atentos ao que se passa, dando-nos uma visão geral do ambiente e duma situação particular.
É essencialmente destacado o quotidiano urbano, onde o sujeito poético deambula, sendo o poema "O sentimento de um ocidental" aquele em que é mais clara a descrição do dia a dia como ponto de partida para a revolta contra a vivência desumana da cidade.
O poeta projeta no exterior o seu interior, nascendo, assim, a poesia do real.
Na minha opinião o título de Cesário como poeta do quatidiano está muito bem empregue dado este poeta "priveligiar o real circundante enquanto fonte de matéria poética",sendo a sua poesia considerada também uma "critica mordaz e bem humorada ao sentimentalismo ultra-romântico".
ResponderEliminarNa prática Cesário Verde é alguem que escreve acerca dos temas mais "banais" como sendo dia-a-dia familiar, os alegres jantares familiares, uma rua em obras ou até uma loja iluminada.
De resto como já foi mencionado pelos meus colegas anteriormente, Cesário marca nos seus poemas um contraste entre Campo/Cidade expresso por exemplo através da figura feminina.
Bruno!!!
EliminarE os erros?!
Cesário Verde tem o titulo de repórter do quotidiano, assim para termos esta afirmação como verdadeira o melhor a fazer é analisar os seus poemas. Por exemplo, no poema “o sentimento dum ocidental”: “Nas nossas ruas, anoitece/[…]/o bulcio, o Tejo, a maresia […]”.
ResponderEliminarCom este exemplo vemos que ele nos descreve o que acontece nas ruas e no quotidiano.
A poesia de Cesário Verde é diferente por exemplo da de Camões e Almeida Garrett, enquanto estas são poesias relacionadas com os sentimentos, com a alma, coisas que se passam no íntimo do poeta e é comum a todos, a poesia de Cesário Verde é o inicio do principio realista, ainda que influenciado por outras correntes estilísticas, o poeta escreve o que vê e o que ouve. Cesário dá muito valor a coisas que para muitos são “insignificantes”. Como por exemplo no poema analisado na aula “Num bairro moderno”, ele dá muita importância à vendedeira, à vida rural, fazendo o contraste entre o campo e a cidade.
Assim podemos perceber o porquê do seu título “repórter do quotidiano”.
Concordo com a minha colega Fátima. Cesário Verde não se deixa influenciar pelo Romantismo, mostrando-se muito “sensível à miséria humana”.
EliminarÉ o poeta da cidade, quer descrevendo, de modo original, quadros e tipos citados, quer denunciando atitudes pela vida exterior, em sociedade. Captando as coisas de forma de deambulação, como os espaços, pessoas que passam ou trabalham, ambientes, sensações/impressões.
Nos seus poemas, Cesário Verde parte de uma visão geral do ambiente (“Dez horas da manhã… / A larga macadamizada”*) e em seguida uma perspectiva de um caso particular (“ E rota, pequenina, azafama,/ Notei de costas uma Rapariga”*), focalizando-se num grupo específico “os padeiros”*.
*Num Bairro Moderno
Cesário é considerado um poeta romancista e também reporter do quotidiano. Podemos afirmá-lo por ser muito observador de tudo, à sua volta, comparando o esforço e o sofrimento dos mais desfavorecidos na sociedade co, os mais favorecidos. Cesário mostra-se sempre "muito sensivel à miséria humana".
ResponderEliminarO poeta é reporter do quotidiano não só pela atenção que presta a tudo o que o rodeia mas também pelo promenor que ele retrata nos seus poemas, " Ou entre a rama dos papeis pintados,/ Reluzem, num almoço, as porcelanas." ( poema "Num bairro moderno").
A sua poesia incide sobretudo em dois pontos distintos: O campo, e este é retratado como um espaço positivo, "As hortaliças, túmido, fraggrante", enquanto que a cidade é um sítio que o poeta faz surgir de forma negativa, retratando a arrogancia dos mais ricos,"Atira um cobre lívido, oxidado"("Num bairro moderno, p.219
Adriana:
Eliminaro que é um poeta romancista?
Concordo com o que foi referido anteriormente pelos meus colegas.
ResponderEliminarCesário Verde, um dos maiores poetas racionais, considerado um dos melhores da poesia do século XX, retrata realidades quotidianas (fala das profissões mais banais, as que nós mal nos lembramos ou dá-mos valor). Na obra de Cesário Verde estão presentes movimentos estético literários, como o realismo,o parnasianismo, o impressionismo, o sensacionismo e o simbolismo.
Este poeta, utiliza recursos estilísticos como adjectivação expressiva, a comparação, a metáfora, a sinestesia e a hipálage, de forma a melhorar o retrato da realidade dos menos favorecidos.
Corrigir "dá-mos"!
EliminarEu concordo com o que foi dito pelos meus colegas anteriormente.
ResponderEliminarCesário Verde foi um poeta português, sendo considerado um dos precursores da poesia que seria feita em Portugal no século XX.
No seu estilo delicado, Cesário empregou técnicas impressionistas, com extrema sensibilidade ao retratar a Cidade e o Campo, que são os seus cenários predilectos. Evitou o lirismo tradicional, expressando-se de uma forma mais natural.
Podemos afirmar que Cesário era um repórter do quotidiano pois nos seus poemas fala das profissões que nós consideramos mais banais mas que no entanto é difícil de viver sem elas um exemplo são os padeiros pois sem eles não teríamos pao para comer.
Tanto no poema " Num Bairro Moderno" como no "Contrariedade" Cesário retrata as coisas do dia a dia, o seu quotidiano.
Cesário possui características realistas, modernistas, estilísticas e temáticas.
Na minha opinião o titulo de repórter do quotidiano a Cesário Verde, poeta-pintor, esta correto pois recorre a várias correntes estéticas (Parnasianismo, o realismo, impressionismo, o simbolismo),nas quais privilegia o real circundante enquanto fonte de matéria poética (“A mim o que me preocupa é o que me rodeia”), o poeta capta as impressões provocadas pela realidade, através de uma percepção minuciosa, pelos sentidos (destaque para a visão – luz, cor e movimento)do dia-a-dia familiar, dos jantares familiares, da rua em obras e da loja iluminada.
ResponderEliminarComo já foi dito anteriormente, Cesário marca nos seus poemas um contraste entre o campo e a cidade através por exemplo da figura femenina
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarComo foi anteriormente referido e também na minha opinião Cesário Verde foi considerado e é descrito como repórter do quotidiano, pois é "pintor" de ambientes; o deambulismo origina a associação entre as impressões que são transmitidas pela realidade exterior e as reflexões feitas por ele (Cesário Verde).Cesário revela qualidades de “romancista e de repórter”… a sua originalidade resulta da combinação de análise e realismo. Cesário destaca pormenores do que observa da realidade , pormenores esse que para muitos poetas "passam ao lado" com a mínima importância. Desta forma podemos dizer que Cesário Verde é o repórter quotidiano.
ResponderEliminarÉ justificável este titulo para Cesário Verde, pois na sua poesia tenta "pintar" os objectos para despertar nos outros ideias e sensações, sendo por esta razão conhecido como "pintor de ambientes". Centra a sua atenção aos pormenores mínimos, conseguindo assim uma descrição bastante detalhada do ambiente.
ResponderEliminarComo já foi referido anteriormente, na poesia de Cesário existem dois contrastes, a cidade e o campo, o campo é retratado como sendo um espaço positivo, enquanto que a cidade é vista como algo negativo.
Tal como os meus colegas referiram anteriormente o título de repórter do quotidiano não poderia estar melhor empregue.
ResponderEliminarCesário Verde é um pintor de atmosferas, revelando qualidades de romancista e de repórter.
A sua poesia descreve os caminhos da cidade ou do campo, tentando visionar situações vividas no dia-a-dia do meio que o rodeia, centrando a sua atenção nos pormenores mínimos, servindo-se deles para transmitir percepções sensoriais.
Por outro lado, do ponto de vista da forma do verso, a poesia de Cesário revela grande rigor métrico e estrófico, revelando assim o seu “amor à precisão”.
Também é de referir que Cesário Verde não se deixa influenciar pelo Romantismo e que se mostra “sensível à miséria humana”.
Antes de mais devo dizer que concordo com o que foi referido pelos meus colegas, e tal como estes assinalaram Cesário Verde é visto como um repórter do quotidiano, e esta é a forma mais indicada para descrever a sua poesia, em que focaliza o seu olhar para a classe baixa.
ResponderEliminarCesário retrata o contraste entre a cidade e o campo o que nos revela o seu amor ao rústico e natural, identifica a cidade sendo um espaço de morte e o campo um espaço de vida. Nos seus poemas é evidente a presença obsessiva da figura feminina, a negativa e a positiva.
A negativa que é contaminada pelo meio urbano, nomeadamente a mulher opressora, e a positiva porque está relacionada com o campo, com os seus valores salutares que é representada como a mulher anjo.
Cesário verde deambula, calcorreando ruas, vielas, praças, todos os recantos da sua cidade, observando quem passa, quem trabalha, examinando espaços e ambientes, espreitando cafés, teatros, qual repórter fotográfico, e regista, com pormenor, nos seus poemas essa realidade objectiva ele transfigura através do seu olhar poético.
ResponderEliminarCesário transpõe,então, para os seus poemas o quotidiano de todas as gentes que habitavam quer a capital quer o campo e, em quadros pitorescos, carregados de visualismo, transmite as emoções e os sentimentos que envolvem essas situações do real. A forma como os quadros/poemas são construídos oscila entra a objectividade e a subjectividade, como se a interioridade do poeta se identificasse com um mundo exterior. Dar-nos a conhecer a realidade circundante e dar-nos a conhecer a sua própria intimidade.
Antes de mais, gostaria de expressar a minha concordância relativamente àquilo que já foi dito pelos meus colegas. Uns mais, outros menos, parecem ter em mente que o poeta descreve o quotidiano, sem o embelezar, partindo dos polos dicotómicos cidade-campo, apresentado uma preferência óbvia quando ao último e os que com este se parecem relacionar.
ResponderEliminar‘’Literalmente parece que Cesário Verde não existe’’, afirmou referindo-se à recusa dos contemporâneos em reconhecê-lo poeta, tal como não existem as suas personagens. O sujeito poético reflete sobre aquilo que, não sendo novidade, nunca havia sido material de reflexão pelos que lhe antecederam, mesmo realistas.
Tal por isso mesmo, com a sua reportagem da realidade, o seu estilo não se encaixe de forma plena em nenhuma das escolas literárias, permanecendo não reconhecido, mas caso único no panorama literário português.
Cesário Verde interessa-se pelo real, descrevendo com objetividade a realidade• É o poeta-pintor que capta as impressões da realidade, numa aproximação ao realismo e ao naturalismo, centra a sua atenção aos pormenores mínimos, servindo para transmitir perceções sensoriais.
ResponderEliminarÉ um repórter do quotidiano, é um "pintor" de ambientes; deambulando.• É um poeta do quotidiano, tenta visionar ações passadas no dia-a-dia ou seja de tudo o que o rodeia.
Como impressionista, procura surpreender o momento em que os objetos «ganham a sua inteira individualidade».
O contraste cidade/campo é um dos temas fundamentais da poesia de Cesário, refere-se ao campo como o melhor para a vida e por contrario refere-se a cidade negativamente. A cidade surge associada à mulher fatal e à morte, enquanto o campo se une à imagem da mulher angélica e da vida. Há uma sexualização da cidade e do campo que incorpora as alegorias da morte e da vida.
A obra de Cesário Verde caracteriza-se, também, pela técnica impressionista, ao acumular pormenores das sensações captadas e pelo recurso às sinestesias, que lhe permitem transmitir sugestões e impressões da realidade.
Nuno Figueiredo
Concordo com as opiniões já aqui registadas, Cesário Verde é realmente um repórter do quotidiano.
ResponderEliminarContemporâneo a Eça de Queirós, e tal como este, Cesário tenta através dos seus poemas fazer um retratamento da realidade que o cerca. No entanto, ao contrário deste, aposta nas classes que mais se encontram à margem, como as vendedeiras, as engomadeiras. O proletariado, pouco importante para os artistas da altura, é quem mais o preocupa, com as suas atividades sofríveis. O campo é ainda o meio que se apresenta como o ideal, contrastando com a cidade, ambiente mais tóxico e incapaz de proporcionar a felicidade.
Concordo com o que foi referido acima pelos meus colegas visto que Cesario Verde é na verdade um repórter do quotidiano já que a observação das situações do quotidiano é o ponto de partida preferencial para os poemas de Cesário Verde. É o mundo real, rotineiro, que é retratado e analisado, servindo de suporte às ideias e sentimentos do poeta.
ResponderEliminarOs sujeitos poéticos criados por Cesário Verde são atentos ao que se passa. Aquilo que para outro transeunte seria uma banalidade é, na perspectiva do poeta, parte de um quadro do real. Veja-se que antes de se focar numa situação particular, que prenda a atenção, o poeta dá-nos uma visão geral do ambiente: "Dez horas da manhã, os transparentes/Matizam uma casa apalaçada(…)E fere a vista, com brancuras quentes, a larga rua macadamizada" (em "Num bairro moderno"). Mas, apesar de existirem situações particulares, estas poderiam ser integradas no movimento quotidiano de uma rua de uma cidade onde "(…) rota, pequenina azafamada,/Notei de costas uma rapariga" (em "Num bairro moderno").
Podemos afirmar a sua aproximação a várias estéticas, por retratar realidades quotidianas, o que o aproxima dos poetas portugueses do século XX e o fez incompreendido em seu tempo.
Cesário Verde tem como principal inspiração para os seus poemas, a vida quotidiana, ele retrata aquilo que vê, daí parecer-me correto afirmar que Cesário é um repórter do quotidiano. A meu ver ele usa constantemente o quotidiano porque consegue arrecadar uma maior atenção ao leitor e até mesmo os leitores conseguirem identificar-se com o poema, por ele retratar coisas banais do dia-a-dia, talvez aí esteja o segredo do seu sucesso.
ResponderEliminarArrecadar maior atenção??
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